Índios Kiriri, que ocupavam uma área de 60 hectares de terra em Caldas (MG), tiveram que deixar o local na semana passada, após decisão da justiça federal, que determinou a reintegração de posse das terras à Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Os 24 indígenas que viviam no local esperam que a Funai (Fundação Nacional do Índio) encontre uma nova moradia para eles.
O prazo para a reintegração de posse expirou no domingo (16), mas, na segunda-feira, a tribo ainda estava na cidade, já prontos para partir, porém, ainda sem destino. A reportagem do Poços Já Cidade entrou em contato com o cacique Adenilson de França Santos, mas ele não pôde atender. Uma mulher informou que ele estava fazendo contatos e participando de reuniões para decidir o destino dos índios da tribo.
A mulher informou ainda que eles não iriam contrariar a decisão da justiça e embora o destino seja incerto, eles pretendem ficar em Minas Gerais. Antes de vir para Caldas, eles estavam na Bahia.

Após este primeiro contato, a reportagem não conseguiu mais comunicação com a tribo. A assessoria de imprensa da Funai disse que “a decisão foi cumprida e os indígenas foram para município de Patos de Minas”. Garante ainda que a fundação está fazendo estudo in loco para verificar as necessidades da população e atendê-las dentro de suas atribuições.
A UEMG recebeu a área como doação em 2007, para a construção de um campus. Ela foi ocupada dez anos depois pelos índios da tribo Kiriri, sem que a universidade tivesse dado início às obras.
Vale lembrar que a cidade possui outra tribo, que permanecem lá.